terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Material escolar tem quase 50% de imposto, segundo IBPT



Mesmo tendo abatimento no Imposto de Renda, os gastos com educação pesam – e muito – no orçamento, especialmente no início do ano, quando é preciso pagar matrícula e ainda comprar o (caríssimo) material escolar, que poderia pesar menos no orçamento se  não fossem os impostos.
Portanto,  o presidente executivo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT, João Eloi Olenike, recomenda que, antes de sair às compras, é preciso pesquisar os melhores preços e também a qualidade dos produtos, visto que a carga tributária vai estar presente em todos eles, sendo que em alguns itens ela equivale a quase metade do preço do produto, como a caneta, que tem 47,49% de impostos e a régua com 44,65%.
O levantamento feito pelo IBPT considera a incidência tributária em outros itens da lista escolar, como por exemplo, a cola (42,71%), o estojo (40,33%), a lancheira, (39,74%), o fichário (39,38%), o papel sulfite (37,77%), a agenda (43,19%), e o caderno (34,99%), todos esses encargos são embutidos nos preços dos produtos apenas para pagar os tributos federais, estaduais e municipais.
A exceção ocorre nos livros didáticos, que, apesar de possuírem imunidade de impostos, a incidência de encargos sobre a folha de pagamento e o sobre o lucro da sua venda, faz também com que tragam uma carga tributária de 15,52%.
“O Brasil é um dos poucos países do mundo que tributam a educação, os brasileiros poderiam ter uma melhor formação, se não fosse a alta carga tributária. Por serem itens de necessidade básica, a educação deveria ser menos tributada e muito mais acessível aos consumidores”, insiste Olenike.
Veja o levantamento completo do IBPT sobre a carga tributária dos materiais escolares:

PRODUTOSTRIBUTOS %
Agenda escolar43,19%
Apontador43,19%
Borracha escolar43,19%
Caderno Universitário34,99%
Caneta47,49%
Cola tenaz42,71%
Estojos para lápis40,33%
Fichário39,38%
Folhas para Fichário37,77%
Lancheiras39,74%
Lápis34,99%
Livro escolar15,52%
Papel carbono38,68%
Papel Pardo34,99%
Papel Sulfite37,77%
Pastas em Geral39,97%
Pastas Plásticas40,09%
Plástico 0,1539,89%
Régua44,65%
Tinta Guache36,13%
Tinta Plástica36,22%

Fonte: Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação – IBPT
Fonte: Portal Dedução

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Jovens em cumprimento de medida socioeducativa são inseridos no Programa de Aprendizagem


Quarenta e sete jovens que cumprem medida no Departamento Geral de Ações Socioducativas (Degase) na cidade do Rio de Janeiro iniciaram na última quinta-feira (1º) as aulas do Programa de Aprendizagem, do governo federal. Eles farão um curso de assistente administrativo nos próximos 15 meses. No período, terão a carteira de trabalho assinada, com salário mensal de aproximadamente R$ 500 e acesso a todos os direitos trabalhistas.
O auditor fiscal do Trabalho Ramon de Faria Santos explica que, como os jovens não podem sair do Degase, terão todas as aulas teóricas e a prática dentro da instituição. Eles cumprirão uma jornada de quatro horas, sendo que duas vezes por semana ocuparão esse horário com o curso e três vezes por semana, com o trabalho.
Nos três dias de trabalho, auxiliarão nos serviços administrativos do Degase e farão simulações de como seria a prática em uma empresa privada. Quem pagará o salário deles será uma empresa da área de limpeza e conservação, que não estava cumprindo a Lei da Aprendizagem (Lei nº. 10.097/2000), que obriga empresas de médio e grande porte a contratar, como aprendizes, adolescentes e jovens entre 14 e 24 anos.
Ramon, que fez a intermediação para inserir os adolescentes do Degase na Aprendizagem, explica que o objetivo é dar oportunidade aos jovens em cumprimento de medida para evitar a reincidência. "A ideia é qualificar profissionalmente o jovem para que ao ganhar a liberdade ele possa ter oportunidades de inserção no mercado de trabalho", conta.
A partir de janeiro, o projeto será ampliado. Outros 330 jovens que cumprem medida socioeducativa no Rio de Janeiro devem ser contratados como aprendizes. Para essa ampliação, o Ministério do Trabalho contará com a parceria de outras cinco instituições: Ministério Público do Trabalho; Tribunal Regional do Trabalho; Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho; Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro; e Ministério Público Estadual.
Fonte: MT

terça-feira, 22 de novembro de 2016

A Contabilidade no Brasil

O Brasil não possui uma escola de pensamento contábil genuinamente brasileira. Pode-se dizer que em um primeiro instante, a nossa contabilidade foi baseada no método italiano e posteriormente migrou-se para o método norte-americano, na qual persiste até os dias atuais.

A contabilidade no Brasil ainda sofre grande influência da legislação tributária, notadamente da legislação do imposto de renda. Pode-se afirmar com certeza que em algumas organizações, principalmente nas micro e pequenas empresas, na maior parte do tempo o contador se dedica a questões tributárias. Nas médias e grandes empresas normalmente existe um departamento ligado a questões fiscais para tratar do assunto. Assim a contabilidade se subdivide em contabilidade financeira, contabilidade fiscal, contabilidade gerencial, contabilidade de custos etc.

A contabilidade no Brasil teve uma primeira fase, quando então se utilizou o método italiano, cuja época vai de 1.915 à 1.964 contando com a contribuição de grandes autores dentre eles, Carlos de Carvalho, Francisco D`Auria e Frederico Herrmann Júnior. Atualmente são poucos os autores que seguem a corrente de pensamento italina, dentre eles destacamos o professor Antonio Lopes de Sá.

Carlos de Carvalho apresentou uma contabilidade baseada na visão contista (escola contista), já Francisco D`Auria e Frederico Herrmann Júnior adotaram a visão patrimonialista (escola patrimonialista) como corrente de pensamento contábil. Para esses últimos tratadistas, o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio.

Essa primeira fase de desenvolvimento da contabilidade nacional foi marcada por dois aspectos relevantes:

a) A intervenção da legislação no desenvolvimento de procedimentos contábeis;

b) Forte influência doutrinária das escolas italianas de pensamento contábil.

Com relação à intervenção da legislação, principalmente a tributária nos aspectos de natureza contábil, cumpre destacar que o desenvolvimento da contabilidade deve-se muito às intervenções dessa natureza, porém há uma espécie de consenso entre os pesquisadores de que o excesso de normas às vezes atrapalha. O profissional passa grande parte do tempo lendo resoluções, decretos, portarias, instruções normativas, atos declaratórios e outros que alteram códigos de recolhimento, prazos de entrega de determinadas declarações etc, atos que praticamente não modificam o conteúdo das Leis, mas que na vida prática atormentam a vida das pessoas.

A segunda etapa do desenvolvimento da contabilidade brasileira teve início em 1.964, ano em que o professor José da Costa Boucinhas introduziu um novo método de ensino da contabilidade.

O professor Boucinhas adotou o método didático norte-americano baseado no livro Introductory accounting de Finney & Miller. A partir dessa mudança de orientação didática, a influência dos autores italianos e das escolas de pensamento italianas foi sendo substituída pela dos autores norte-americanos.

Como conseqüência dessa mudança de enfoque, foi o lançamento do livro Contabilidade Introdutória, em 1.971, por uma equipe de professores da FEA-USP, livro adotado até os dias atuais, em suas edições mais recentes, em praticamente todas as faculdades de todo o Brasil, influenciando alunos e profissionais.

A partir do ano de 1.964 os professores do departamento de contabilidade da FEA-USP passaram a desenvolver várias pesquisas e, de certa forma, a dominar o cenário nacional de pesquisas contábeis.

O ano de 1.966 foi marcado por uma das maiores contribuições nacionais, a chamada escola de correção monetária. Foi nesse ano que o professor Sérgio de Iudícibus (FEA-USP) defendeu sua tese de doutoramento, intitulada Contribuição à Teoria dos Ajustamentos Contábeis. Pode-se dizer que esse trabalho foi uma das primeiras grandes contribuições da contabilidade nacional à comunidade mundial.

A partir da adoção do método didático norte-americano pela USP em 1.964, e da apresentação do trabalho do professor Sérgio de Iudícibus, o direcionamento doutrinário contábil, especialmente do maior centro de pesquisa contábil nacional: o departamento de contabilidade e atuária da FEA-USP, muda definitivamente sua direção, abandonando as escolas de pensamento contábil italianas e assumindo os ditames da escola norte-americana.

Uma das razões (entre as várias existentes) para a mudança de rumo foi a chegada das empresas de auditoria anglo-americanas que acompanhavam as multinacionais recém chegadas ao Brasil. Essas empresas ofereciam treinamento de alto nível aos profissionais para elaboração de peças contábeis, influenciando empresas menores e até legisladores. Tudo isso contribuiu para a mudança de rumo no Brasil.

A consolidação da escola Americana no Brasil é fato consumado tendo em vista que o livro Contabilidade Introdutória (adotado em praticamente todas as faculdades brasileiras) dá um toque especial de contabilidade brasileira à contabilidade norte-americana e com a publicação da Lei 6.404/76 – Lei das Sociedades Por Ações de 15 de dezembro de 1.976 que tem sua parte contábil inspirada na doutrina norte-americana.

Apesar de o Brasil, não ter desenvolvido sua própria escola de contabilidade, as sucessíveis mudanças no cenário econômico, o período de altas taxas inflacionárias que perdurou até 1.995 e as inúmeras mudanças na legislação tributária fizeram com que a nossa legislação contábil seja uma das mais aperfeiçoadas do mundo.

Assim como ocorreu com as demais escolas de pensamento contábil, não podemos nos esquecer dos mais destacados pensadores contábeis nacionais, dentre os quais: Carlos de Carvalho, Francisco D`Auria e Frederico Hermann Júnior. Este último trabalhou na organização e reorganização da contabilidade de importantes empresas como por exemplo: Mappin Stores, Indústrias Klabin, Caixa Econômica Federal, Companhia Siderúrgica Nacional e Companhia Vale do Rio Doce.

Hermann Júnior, como era conhecido, publicou diversas obras ligadas a contabilidade e foi um dos fundadores e Presidente do Sindicato dos Contabilistas de São Paulo (anteriormente chamado de Instituto Paulista de Contabilidade) e da Editora Atlas, organismos que existem até hoje.

Atualmente pode-se dizer que o método norte-americano domina o cenário mundial, inclusive com forte presença na Itália. Os críticos atribuem aos Italianos, demasiado valor a questões teóricas, sendo esta a principal causa do fracasso italiano. Os italianos praticamente criaram a contabilidade e não souberam o que fazer com ela quando a mesma já estava em estágio adulto.

Alguns eventos que marcaram o desenvolvimento da contabilidade no Brasil.

1.850 - Publicação do Código Comercial Brasileiro, na qual instituiu a obrigatoriedade da escrituração contábil e elaboração anual da demonstração de resultado e do balanço geral.

1.902 - 20 de abril, criação da Escola de Comércio Álvares Penteado.

1.931 - 30 de julho, publicação do decreto nº. 20.158 na qual organizou o ensino comercial e regulamentou a profissão contábil.

1.940 - Publicação do decreto nº. 2.627, a primeira Lei das Sociedades por Ações.

1.945 - A profissão contábil foi considerada como uma carreira universitária.

1.946 - Fundação da FEA-USP, instituição do curso de ciências contábeis e atuariais.

1.946 - Criação do Conselho Federal de Contabilidade e dos respectivos conselhos regionais.

1.971 - Publicação do livro Contabilidade Introdutória, equipe de professores da FEA-USP.

1.972 - Resolução 220 – Circulares 178 e 179 do Banco Central do Brasil. A circular 178 obrigou o registro dos auditores independentes no Banco Central e a circular 179 tratou dos princípios e normas de contabilidade (não listou os princípios, apenas normatizou).

1.972 - O Conselho Federal de Contabilidade baixou a resolução nº. 321, que conceituou os Princípios Fundamentais de Contabilidade Geralmente Aceitos (PCGA) e adotou as normas (quase que na íntegra) e procedimentos de auditoria elaborados pelo IAIB, atual IBRACON.

1.976 - Publicação da Lei 6.404, a nova Lei das Sociedades Por Ações (em vigor).

1.976 - Criação da Comissão de Valores Mobiliários.

1.977 - Publicação do Decreto-lei nº. 1.598 – adequou o Regulamento do Imposto de Renda (RIR) à nova Lei das Sociedades por Ações e estendeu as normas e princípios contábeis da Lei das Sociedades por Ações às demais empresas.

1.993 - Publicação da Resolução CFC 750, que estabeleceu os novos princípios fundamentais de contabilidade (em vigor).

1.995 – Publicação da Lei nº. 9.249, que eliminou a correção monetária das demonstrações contábeis.

Ao analisar-se a evolução da contabilidade no Brasil, percebe-se que desde o início fica patente a interferência da legislação.

Uma das primeiras manifestações da legislação como elemento propulsor do desenvolvimento contábil brasileiro, foi o Código Comercial de 1850, que instituiu a obrigatoriedade da escrituração contábil e da elaboração anual da demonstração do balanço geral composto de bens, direitos e obrigações, das empresas comerciais.

Em 1902 surgiu em São Paulo a Escola Prática de Comércio que criou um curso regular que oficializasse a profi8ssão contábil. O objetivo desta escola era o de aliar ao desenvolvimento agrícola, o início da expansão industrial com a necessidade de habilitar e criar especialistas para, internamente, preencher as tarefas de rotina da contabilidade e controlar as finanças e, externamente, dotar São Paulo de elementos capazes de articular o desenvolvimento dos negócios, com a conseqüente ampliação das fronteiras de atuação.

O Decreto-Lei nº 2627 de 1940, instituiu a primeira Lei das S/A, estabelecendo procedimentos para a contabilidade como:
1.    Regras para a avaliação de ativos.
2.    Regras para a apuração e distribuição dos lucros.
3.    Criação de reservas.
4.    Determinação de padrões para a publicação do balanço.
5.    Determinação de padrões para a publicação dos lucros e perdas.

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC), através da Resolução CFC 321/72 passou a adotar os Princípios de Contabilidade Geralmente Aceitos como normas resultantes do desenvolvimento da aplicação prática dos princípios técnicos emanados da contabilidade, visando proporcionar interpretações uniformes das demonstrações contábeis.
Em 1976 foi publicada a nova Lei das S/A nº 6404, significando uma nova fase para o desenvolvimento da contabilidade no Brasil e incorporando de forma definitiva as tendências da Escola Norte-Americana.

Em 1981 a Resolução CFC nº 529 disciplinou as Normas Brasileiras de Contabilidade e a Resolução CFC nº 530 os Princípios Fundamentais de Contabilidade, os quais foram atualizados em 1993 pela Resolução CFC º 750
Autor: Luiz José
Fonte: Portal Teorias Contábeis

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Mercado financeiro projeta inflação menor, de 6,89% este ano.


Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (BC) esperam uma inflação menor neste ano e em 2017. De acordo com a pesquisa Focus, divulgada toda segunda-feira pelo BC, a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), vai fechar este ano em 6,89%, no sexto ajuste seguido. Na semana passada, a estimativa era 7,01%.
Para 2017, a estimativa foi ajustada de 5,04% para 5%. Essa foi a terceira redução consecutiva. As projeções ultrapassam o centro da meta que é 4,5%. O teto da meta é 6,5%, este ano, e 6% em 2017.
A projeção de instituições financeiras para a queda da economia (Produto Interno Bruto - PIB) este ano, passou pela terceira piora seguida, ao ser ajustada de 3,19% para 3,22%. Para 2017, a expectativa de crescimento foi reduzida de 1,30% para 1,23%.

Taxa Selic pode cair para 13,50%

Com a expectativa de retração da economia e inflação menor, as instituições financeiras esperam que a taxa básica de juros, a Selic, encerre 2017 em 13,50%. Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduziu a Selic de 14,25% para 14% ao ano. A última reunião do Copom deste ano está marcada para o final de novembro. Ou seja, o mercado espera por um corte de 0,5 ponto percentual na Selic ainda neste ano.
Para as instituições financeiras, o BC dará continuidade ao ciclo de redução da Selic no próximo ano. A expectativa é que a taxa básica termine 2017 em 11% ao ano.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom barateia o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.



Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Outubro Rosa: conheça os benefícios assegurados à trabalhadora com câncer


O câncer de mama é o tipo mais incidente na população feminina mundial e brasileira, atrás apenas dos casos de câncer de pele. No Brasil, segundo informações do Ministério da Saúde, este é também o tipo mais letal entre as mulheres e afeta, por ano, mais de 57 mil brasileiras. Com este mês dedicado aos cuidados e prevenção à doença, por mais um ano o Ministério do Trabalho adere à campanha do Outubro Rosa e esclarece quais os direitos da trabalhadora diagnosticada com câncer de mama.
Na fase sintomática da doença, toda trabalhadora cadastrada no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) ou que tenha dependente com neoplasia malígna (câncer), poderá fazer o saque do recurso, assim como do benefício Pis/Pasep, este no valor de um salário mínimo e que poderá ser retirado em agências da Caixa Econômica Federal ou Banco do Brasil. Nestes casos, a trabalhadora terá acesso ao saldo total de quotas e rendimentos.
Além da aposentadoria por invalidez, as trabalhadoras que necessitam de cuidados permanentes de outra pessoa, também têm direito a um acréscimo de 25% no valor do benefício. O adicional está previsto na Lei nº 8.213/91, conhecido por auxílio acompanhante. O acréscimo no valor da aposentadoria é um abono para trabalhadores aposentados que, por problemas de saúde, necessitam de um cuidador. O valor adicional é pago pelo INSS até o óbito do segurado.

Outras informações sobre a campanha do Outubro Rosa, acesse: http://www.inca.gov.br/outubro-rosa/

Fonte: MT


terça-feira, 4 de outubro de 2016

Qualidade da informação - como separar o útil do inútil?



“Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes”, afirmou Carlos Drummond de Andrade.

Muito se tem falado e discutido em torno desse dilema: como filtrar a avalanche de informações que nos chegam diariamente. A realidade é que há algumas décadas havia escassez de informação e hoje, por ironia do destino, a percepção é de excesso de informação. E possivelmente muitas das informações em nada nos ajudam e nem agregam à nossa vida; pelo contrário, chegam até a atrapalhar… “Mas, como assim ? Informação nunca é demais.”, alguém pode questionar. Sim, há controvérsias, mas vamos recorrer a algumas citações.
"A dieta da informação", livro do autor norte-americano Clay Johnson, cujo título original é “The information diet – a case for conscious consumption” e publicado em português pela Novatec Editora com o título “A dieta da informação”, chega a explorar um paralelo da informação com a alimentação. O site Leia Livro, na apresentação e sugerindo a compra desse livro, resume o seguinte: “Do mesmo jeito em que devemos evitar comer alimentos calóricos em grande quantidade, pois os mesmos podem resultar em obesidade física, nós também devemos evitar a grande massa de informações inúteis e de baixa qualidade que nos é enviada diariamente, pois elas podem resultar no que o autor chama de ‘obesidade mental’, ou seja, ignorância.”
Outro livro, cujo título “Obrigado pelo informação que você não me deu” (escrito por Normann Kestenbaum e publicado no Brasil pela Editora Campus Elsevier em 2007) até considero intrigante. O desafiador recado que ele passa, no entanto, é mais ou menos assim: Em uma exposição, palestra ou apresentação, deixe pra lá tudo o que existe e/ou o que você sabe sobre o assunto e vá direto ao ponto; preocupe-se com o que o(s) interlocutore(s) quer(em) saber e não com tudo o que você sabe ou tem de informação a respeito.
Carlos Drummont de Andrade (1902-1987) nos deixou o seguinte legado sobre esse assunto: “Perder tempo em aprender coisas que não interessam, priva-nos de descobrir coisas interessantes.”. Esta afirmação pode ser trazida também para o nosso dia-a-dia e realidade corporativa, onde geramos ou absorvemos excesso de informação, refletindo no seguinte: o precioso tempo que gastamos com informação que não agrega, poderíamos ter investido em buscar informação mais útil ou ocupar-nos com algo mais produtivo.
Dentro do mundo corporativo podemos citar Peter F. Drucker (1909-2005), considerado como o pai da administração moderna, a quem é creditada a afirmação “Informações são dados endossados por relevância e sentido”, quando abordado o tema “informação x dado”.
E aí talvez surja a pergunta: em que momento consigo discernir se o dado é relevante ou faz sentido ? Diante disto, proponho um exercício simples, questionando-se “por que” ou “para que” quero/preciso desse dado. Se houver resposta clara e convincente, vá em frente. Do contrário, talvez você esteja “perdendo tempo em aprender coisas que não interessam” ou se ocupando com dados sem relevância ou sentido.
E se você é um gestor dentro de uma empresa ou de uma entidade pública ou privada, pense nisso também sempre que estiver compilando dados em planilha eletrônica, solicitando ou desenvolvendo um novo relatório ou, até, diante da escolha de um software de BI (Business Intelligence): “o que eu realmente preciso?” ou “do que, de fato, vou fazer uso na minha atividade?”

Fonte: Administradores

terça-feira, 20 de setembro de 2016

Contabilidade e Curva ABC das empresas: entenda a relação



A Curva ABC é uma ferramenta muito utilizada por empresas dos mais variados setores. Conheça aqui um pouco mais sobre esse assunto e entenda como a contabilidade atua na definição dessa Curva dentro das empresas dos seus clientes.

O que é a Curva ABC?
A Curva ABC, também conhecida como 80-20, foi criada baseada nas teorias econômicas de um renascentista italiano, em 1897, chamado Vilfredo Paretto. Na época, ele criou um estudo sobre como era feita a distribuição de renda e percebeu, então, que a distribuição das riquezas era feita de uma forma muito desconforme: Paretto constatou que 80% das riquezas se concentravam nas mãos de uma pequena porção da população, 20%. Daí o nome Curva 80-20.
Desde então, esse princípio de avaliação passou a ser aplicado em várias outras áreas e atividades, como nos setores industrial e comercial. Hoje em dia, a Curva ABC vem sendo muito utilizada no controle de estoques, na definição de políticas de vendas, no planejamento de distribuição, na programação da produção e em vários outros assuntos comuns no dia a dia de toda empresa.
Com o avanço tecnológico e o uso de computadores que se tornam cada vez mais potentes e acessíveis, surgiram muitos softwares que ajudam com um processamento muito mais prático do grande volume de dados com que uma empresa tem que lidar frequentemente.

O que representam as letras A, B e C?
No caso do estoque,  as letras A, B e C separam os itens de acordo com sua importância e impacto. Dessa forma, a classificação fica assim:

Classe A: trata-se dos principais itens no estoque.  São itens de altíssima prioridade, que nunca devem faltar. 20% desses itens já correspondem a 80% do valor do estoque.

Classe B: são itens ainda considerados preciosos economicamente, mas menos importantes que os da Classe A. 30% desses itens correspondem a apenas 15% do valor do estoque.

Classe C: esses são os 50% restantes dos itens em estoque. São os menos valiosos e correspondem a apenas 5% do valor do estoque.
No caso dos clientes, é só aplicar a mesma regra. Clientes da Classe A são aqueles com os contratos mais caros e responsáveis pelas maiores vendas da empresa, e assim sucessivamente, seguindo a classificação.

Qual a relação da Curva ABC com a contabilidade?
Como a Curva ABC permite que seja feita uma análise envolvendo todas as vendas, compras, estoque e, consequentemente, o dinheiro movimentado, ela possui grande valor para a contabilidade da empresa. Se tudo o que entra e sai da empresa for rigorosamente controlado, a chance de ter um nível de fluxo de caixa adequado é muito maior. Além disso, a Curva ABC evita alguns acidentes potencialmente perigosos, como deixar clientes desabastecidos, finanças comprometidas ou compras inadequadas e desnecessárias.
É um conceito relativamente fácil de ser aplicado, mas exige que o gestor da empresa e o profissional contábil tenham muita atenção com o estoque — que costuma ser um grande problema para as empresas, pois demanda muito espaço e custo para mantê-lo.


Fonte: Sage

Proxima  → Página inicial